Formação Litúrgica, Ficha 43: A Constituição da Assembléia Litúrgica

A Constituição da Assembléia Litúrgica
Formação Litúrgica em Mutirão
CNBB - rede celebra - revista de liturgia
Ficha 43

Maria de Lourdes Zavarez

 Os pequenos ritos expressam e realizam a acolhida que Deus nos faz e também nossa chegada, a apresentação de nossa realidade com fatos concretos da liturgia-vida, de nossa abertura à sua Palavra e disposição, como parceiros, de renovar e ser fiéis à sua Aliança.

A assembléia litúrgica vai se constituindo corpo comunitário, povo sacerdotal, animado pelo Espírito Santo com vários dons e ministérios, para ouvir a Palavra, orar, agradecer, adorar, oferecer, cantar a uma só voz, a um só coração, a uma só alma.

Esta realidade visível se torna símbolo, sinal do sonho que temos de ser um povo unido, uma Igreja de comunhão e participação, toda ministerial, uma sociedade fraterna, igualitária e uma nação santa. Este é o grande objetivo e o principal sentido dos ritos iniciais.

Realizando com todo o nosso corpo, compreendendo o significado e assumindo a atitude afetuosa e espiritual de cada gesto ou ação simbólica, fazemos dos ritos iniciais o sacramento da acolhida, sinal profético e antecipação do Reino. É o momento em que o Espírito Santo nos ajuda a vencer diferenças e nos perdoar mutuamente para nos irmanar, num só corpo com Cristo-cabeça para a glorificação do Pai e continuar no mundo sua ação redentora.

Portanto, a assembléia litúrgica não é, e nem pode ser tratada, como um amontoado de pessoas, um grupo desorganizado, sem cabeça ou uma massa anônima, informe e dispersa. Trata-se de uma comunidade organizada, um corpo vivo, cujos membros se articulam em torno de um mesmo objetivo, buscam e cultivam o mesmo sonho, desempenhando diferentes atividades e funções, movidos pelo Espírito Santo.

Neste sentido, torna-se importante e necessária a equipe de liturgia que deve se preocupar com a preparação e a execução de todos os serviços necessários na celebração eucarística, como em qualquer outra celebração. Ela deverá se preocupar sobretudo, para que a participação de todo o povo seja sempre mais ativa, consciente, plena e frutuosa, ação do povo celebrante, sujeito da celebração e não simples assistente, passivo, às vezes infantilizado, usado feito platéia.


Perguntas para a reflexão pessoal e em grupos:

  1. O que nos leva sentir como assembléia litúrgica numa celebração?
  2. Em que você pode ajudar na constituição da assembléia litúrgica?
  3. Como melhorar o desempenho dos vários ministérios para que sejam servidores do povo celebrante?


Fonte: CNBB 

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