Formação Litúrgica, Ficha 42: Ritos Iniciais: chegada e acolhida do povo sacerdotal

Ritos Iniciais: chegada e acolhida do povo sacerdotal, convocado pelo Pai, e congregado em Cristo pelo Espírito
Formação Litúrgica em Mutirão - CNBB - rede celebra - revista de liturgia
Ficha 42

Maria de Lourdes Zavarez

A missa, como toda celebração cristã é ação simbólica e ritual, uma reunião festiva, um encontro e não uma simples reza, ou ação devocional!

E quem é sujeito desta ação, quem participa desta reunião, quem realiza este encontro?

Podemos afirmar que a Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo é que toma a iniciativa nesta ação e se mantém como agente invisível, atuando em nós, e através de nós, seu povo reunido. Somos, então o sujeito visível desta ação realizada em conjunto com Deus. Ele nos convida, nos convoca para que, reunidos como irmãos e em seu nome, celebremos com Ele uma aliança de amor e compromisso.

A primeira resposta que damos a esta convocação é nossa decisão interior, alegre e convicta de sair de casa e caminhar para o local da celebração. Nossos passos, nossa caminhada pessoal feita no decorrer da semana, junta-se com a caminhada comunitária e social de tantos que peregrinam pelas estradas do mundo em busca de justiça, fraternidade e paz. Junta-se também com todo o universo. Temos aí a primeira ação simbólica, abrindo a celebração. São os ritos iniciais.

Ao chegar, é o próprio Deus que nos acolhe nos gestos fraternos das pessoas que prepararam com carinho o local, das pessoas que estão à porta nos recebendo afetuosamente, das que criam um clima alegre de entrosamento e oração, ensaiando os cantos para que toda a assembléia, constituindo-se com Cristo, um só corpo, entoe numa só voz, o louvor pascal ao Pai.

É o Senhor Ressuscitado na pessoa de quem preside que, de coração, nos saúda, abre a reunião em nome da Trindade, acolhe com amor os motivos que trazemos para celebrar e apresenta-os em oração ao Pai na comunhão do Espírito Santo.

Nossa resposta é primeiro uma bênção, uma bendição a Deus que nos congrega pelo Espírito Santo, em Cristo: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo. A seguir, pelo ato penitencial, confessamos a bondade e a misericórdia de Deus que sempre ultrapassa nossas falhas e pecados. No tempo pascal e aos domingos renovamos nosso compromisso batismal com o rito de aspersão com água.

O encontro não é só de Deus com seu povo ou de irmãos entre si. A celebração é também o encontro do povo com seu Deus. Ele nos chama, nos reúne e nós, chegamos, nos apresentamos, ainda que pecadores, para escutar sua palavra, proclamar sua ação salvadora e firmar nova aliança em seu amor.

Os ritos iniciais são um conjunto de vários elementos: procissão e canto de abertura, beijo do altar, saudação, recordação dos fatos da realidade, aspersão com água, retomando o batismo, ou ato penitencial, ou abraço da paz, a ladainha do "Senhor, tende piedade de nós", o canto do "Glória".

O ponto alto e elemento indispensável dos ritos iniciais é a oração inicial, feita por quem preside, após oração silenciosa da assembleia que se dispõe a entrar em diálogo com Deus no rito da Palavra.

Perguntas para a reflexão pessoal e em grupos:

  1. Qual a finalidade dos ritos iniciais na missa?
  2. O que fazer para que esta finalidade seja atingida?
  3. O que fazer para que este sentido seja vivido por toda a assembléia?


Fonte: CNBB

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