Catequese e Liturgia - NOSSA PÁSCOA
Ritual Popular de Exéquias
Formação Litúrgica em Mutirão - CNBB - rede celebra - revista de liturgia
Ficha 83
Pe. Marcelino Sivinski
As exéquias são ritos e orações com os quais a comunidade cristã acompanha seus mortos e os encomenda a Deus. Em todos os povos e em todos os tempos encontram-se ritos relacionados com os defuntos e com os que choram a morte de algum familiar.
Para os cristãos "a vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado nos céus um corpo imperecível” (Prefácio dos Defuntos I). O Concílio Vaticano II determinou que "o rito das exéquias volte a exprimir mais claramente a índole pascal da morte cristã". Determinou também que corresponda melhor às condições e tradições das diversas regiões (cf. SC 81). Atenta a este princípio orientador da Igreja, a Sagrada Congregação para o Culto Divino, em 15 de agosto de 1969, promulgou o novo Ritual de Exéquias, traduzido e publicado no Brasil em 26 de abril de 1971, com esta clara orientação: "Celebrando as exéquias de seus irmãos, cuidem os cristãos de afirmar a esperança da vida eterna; mas façam isso de tal forma que não pareçam ignorar ou desprezar a mentalidade e o modo de agir dos homens do seu tempo e região, no que se refere aos mortos. Aceite-se de bom grado o que houver de bom nas tradições familiares, nos costumes locais e nos serviços das empresas funerárias; o que, porém, estiver em contradição com o Evangelho, procure-se transformar, de modo que a celebração das exéquias cristãs manifeste realmente a fé pascal e o espírito do Evangelho" (Introdução do Ritual de Exéquias, n.2).
A Dimensão Litúrgica da CNBB fez um trabalho no sentido de adaptá-lo ao Brasil, na perspectiva da inculturação, após uma demorada pesquisa para recolher todas as experiências existentes nas comunidades do Brasil sobre o modo de celebrar a despedida de pessoas da comunidade: orações, cantos, incelências, ofícios, rituais populares, inclusive, muito antigos onde os ministérios leigos são valorizados e exercem uma função bem determinada.
O texto se compõe de três celebrações para o velório, inspiradas na Celebração da Palavra, no Ofício Divino das Comunidades e na Vigília Pascal. Contém celebrações para a encomendação e para o sepultamento. Uma das celebrações está prevista para os casos de cremação. Como se afirma na introdução, "em tudo há um grande esforço de valorizar os símbolos, numa linguagem orante e adaptada à sensibilidade do povo brasileiro".
O Ritual Popular de Exéquias, intitulado Nossa Páscoa, editado pela Paulus, encontra-se ä venda nas livrarias católicas. É uma excelente ajuda na organização de celebrações por ocasião de velórios e sepultamentos, normalmente presididas por leigas e leigos, na perspectiva de recuperar e aprofundar o sentido pascal da morte dos cristãos.
Perguntas para reflexão pessoal e em grupos:
- Como são celebradas em sua comunidade as exéquias?
- Como dar um sentido mais pascal e orante às celebrações de exéquias?
- Como introduzir e valorizar na comunidade o Ritual Popular de Exéquias, intitulado Nossa Páscoa?
Fonte: CNBB
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